CANAL LITERÁRIO

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sábado, 22 de novembro de 2014

PROJETO PHILIPPA GREGORY E A SÉRIE TUDORS - 1ªPARTE.

Projeto: Philippa Gregory e a série Tudor. (A Princesa leal#1 Parte)

Uma síntese sobre a autora:
Philippa Gregory é uma escritora Ph.D. em literatura do século XVIII e se dedica a escrever romances de ficção histórica. A escritora ficou mundialmente conhecida por meio de sua obra que relata fatos sobre as esposas do famoso rei Henrique VIII da Inglaterra.

A Princesa leal
Editora: Record
Páginas: 447
Gênero: Romance histórico, ficção, Grã-Bretanha, Tudors. 2005.

Embora esse não seja o primeiro livro que Philippa Gregory escreveu sobre a série Tudor, optei por ler os livros seguindo a ordem cronológica dos fatos. :)

A história da Princesa leal começa no séc. XIV em Granada, Espanha. Filha da rainha Isabel de Castela e do rei Fernando de Aragão, Catalina de Aragão, conhecida como a Infanta da Espanha, foi prometida aos 3 anos de idade ao príncipe Artur de Gales.
Destinada a ser a rainha da Inglaterra, Catalina de Aragão é educada para ser uma grande líder e governar o novo país de modo que Inglaterra e Espanha estejam unidas contra os franceses e os mouros. Ela acredita que seu destino foi traçado por seus pais seguindo a vontade de Deus. Torna-se uma mulher acirrada por essa promessa.
A Infanta cresce e se torna uma linda jovem, casando-se com Artur aos 16 anos de idade. No entanto, após o casamento, (apenas 3 meses) o príncipe herdeiro do trono vem a falecer e Catalina sobrevém a sofrer as agruras de uma mulher estrangeira, viúva e sem filhos na corte inglesa. Catalina, a infanta da Espanha e princesa da Inglaterra, torna-se a viúva Dowager.
Obstinada em ser a rainha da Inglaterra, a princesa viúva espera que o rei Henrique VII conceda o seu casamento com o então herdeiro da coroa, Henrique VIII, já que seu casamento com Artur não havia sido consumado. A Infanta espera 6 anos para se casar com Henrique VIII. (Há muitos detalhes e situações importantes nesse capítulo do livro que, aponta-los aqui, seria spoiler).
Finalmente, depois de muitos contratempos, Catarina da Inglaterra (passa a ser chamada de Catarina) consegue cumprir a sua promessa e passa a governar de maneira justa com Henrique VIII. No entanto, o rei se revela um menino caprichoso e mimado, ávido por farras, mulheres e bebedeira. Dessa forma, Henrique VIII cai de amores por Ana Bolena.
Sua união com Henrique foi incapaz de produzir um herdeiro masculino para o trono. Ele entrou com um pedido de anulação do casamento, alegando que ela teria consumado o anterior, com seu irmão mais velho, falecido pouco depois de desposar Catarina, Artur, Príncipe de Gales. Uma série de eventos seguiu esse pedido, levando ao rompimento da coroa inglesa com a Igreja Católica Romana após o papa negá-lo. O rei, assumindo a supremacia religiosa no país, conseguiu a anulação e casou-se com sua amante Ana Bolena. Catarina, todavia, nunca aceitou a decisão, e continuou considerando-se sua legítima esposa e Rainha da Inglaterra.



A série dos Tudors continua com o livro A irmã de Ana Bolena, próxima resenha do blog. Um abraço e até mais :) 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

20 FILMES INSPIRADOS NA OBRA DE STEPHEN KING - PARTE II

IT - UMA OBRA PRIMA DO MEDO (IT - 1990)



LEMBRANÇAS DE UM VERÃO (Hearts in Atlantis - 2001) O roteiro é adaptado do conto Low Men in Yellow Coats do livro Stephen King goes to the movie.






ECLIPSE TOTAL 



LOUCA OBSESSÃO (Misery - 1990)


O ILUMINADO (THE SHINING - 1980)



NA HORA DA ZONA MORTA ( THE DEAD ZONE - 1983)







20 FILMES INSPIRADOS NA OBRA DE STEPHEN KING


STEPHEN KING é um escritor americano, conhecido em todo o mundo por seus livros de suspense e terror. Suas obras estão frequentemente nas principais listas de best-sellers. O trabalho do autor já foi adaptado em dezenas de filmes de Hollywood.



Filmes adaptados:

Sonho de Liberdade ( The Shawshank Redemption - 1994) O roteiro é baseado no conto Rita Hayworth e a Redenção de Shawshank do livro Quatro Estações.



Cemitério Maldito (1989) O roteiro é baseado no romance Cemitério.



Carrie, a Estranha ( Carrie -1976)



À Espera de um Milagre (1999)


A Tempestade do Século (1999)







A SIMBOLOGIA EM A HORA DA ESTRELA

A simbologia em A Hora da Estrela

No livro A Hora da Estrela, Clarice Lispector cria um narrador masculino (Rodrigo S. M.) para levantar as dificuldades enfrentadas por Macabéa. A obra apresenta um processo de metalinguagem entre autora e narrador, que fazem uma série de mediações, para descrever o mundo de Macabéa. Clarice, por exemplo, diz que mulher não pode falar de Macabéa porque correria o risco de lacrimejar piegas. O objetivo da autora é evitar um sentimentalismo para que não escorregue em uma história melodramática.
Macabéa é mulher, pobre e nordestina. Do ponto de vista da semiologia, a personagem é a figura paradigmática da literatura brasileira, porque faz parte de um longo processo de emergência da figura do nordestino (Sertões, Euclides da Cunha; Vidas Secas, Graciliano Ramos; Morte e Vida Severina, João Cabral de Melo Neto). São três aproximações para aquele que fala pouco e tem parcas palavras.
O nome da personagem vem de Macabeus, que era o povo de origem hebraica, zelotas bíblicos oprimidos pelos gregos (Olímpico). Apesar de ser datilógrafa, Macabéa não é institucionalizada, ou seja, não sabe datilografar, muito menos escrever. Ela é a demitida que ainda está, ligada por um vínculo que não sabe qual é. Depois da sutil despedida, Macabéa vai ao banheiro para ficar sozinha. Ela se olha em um espelho baço e escurecido que não refletia bem sua imagem. O espelho sujo já remete a personagem a alguém que não tem uma visão real de quem é. Macabéa ronda-se para tentar descobrir-se outra.
Olímpico de Jesus, por sua vez, é um nordestino e namorado de Macabéa que adota o sobrenome Moreira porque sabe que “Jesus” no Nordeste é daqueles que não têm pai sabido. O personagem quer ser alguém importante. No filme, Olímpico sonha em ser deputado. Entretanto, o livro aponta que o personagem gosta mesmo é de ver sangue. Olímpico almeja ser açougueiro. Ele pensa em ocupar essa função por representar para ele uma espécie de salto e realização de uma pulsão, isto é, o desejo, o espírito jagunço. O professor de Literatura Comparada da USP, José Wisnik, coloca que o cangaceiro é o potencial virtual do personagem. Na obra cinematográfica, o canivete representa o valentão. “Uma coisa que tinha vontade de ser era toureiro. Uma vez fora ao cinema e estremecera da cabeça aos pés quando vira a capa vermelha. Não tinha pena do touro. Gostava era de ver sangue.” (p. 46 – A Hora da Estrela) Enquanto o nome de Macabéa vem dos antigos hebreus, Olímpico vem do grego. Macabéa quer ser; Olímpico quer o poder.
As obras, tanto fílmica quanto literária, apresentam muitos símbolos que apontam para a chegada das multinacionais ao Brasil. José Wisnik aponta que associando o livro à marca Coca-Cola, por exemplo, Clarice reforça a identidade da obra e atualiza o texto no período pelo qual o país transitava. Dessa maneira o livro não correria o risco de se tornar uma edição panfletária.
Os parafusos e os pregos, que aparecem no livro e no filme, têm um formato fálico. Macabéa, com medo de que houvesse uma ruptura na pouca comunicação que existia com Olímpico, ao passar por uma loja de ferragens diz: “Eu gosto de parafuso e prego, e o senhor?” (p. 44 – A Hora da Estrela) Macabéa também associa os objetos à figura metalúrgica de Olímpico. Quando a personagem diz que gosta de pregos e parafusos, ela também quer dizer que gosta dele. “Mas ela já o amava tanto que não sabia mais como se livrar dele, estava em desespero de amor.” (p. 44 – A Hora da Estrela)
É importante levantar que toda vez que Macabéa come um cachorro quente a salsicha está escorregando para fora do pão. Portanto, é a salsicha reforçando mais uma vez o símbolo fálico. Além de o canivete apontar para um homem valente, há ainda uma representação da virilidade de Olímpico. No filme, essa passagem é extremamente marcada quando Olímpico corta as folhas e os espinhos de uma rosa com o canivete. A rosa representa o órgão sexual feminino, enquanto o canivete o órgão sexual masculino. Como segundo plano, há a imagem de uma ninfa. Ao mesmo tempo que é um ato agressivo, Macabéa gosta. A partir de então, a personagem se arruma muito mais e compra um batom. No filme, Macabéa já se sente mulher, começando a mostrar expressão facial, esboçando sorrisos e aparecendo no mesmo nível de enquadramento da personagem Glória.
Destaca-se ainda o rádio como um mecanismo de comunicação de Macabéa com o mundo. A personagem absorve para si pequenas doses das pílulas da Rádio Relógio como o máximo de cultura que tivera a oportunidade de conhecer. Macabéa faz uso dessas pílulas para ter alguma espécie de diálogo com o namorado Olímpico. No entanto, não há uma troca, porque Olímpico não acrescenta nada à informação que recebe. Macabéa pergunta a Olímpico o que é cultura. E ele, por sua vez, responde que cultura é cultura, tornando, assim, o diálogo rápido e muitas vezes com frases nominais, sem progressão, ação.
            É interessante notar também o local em que as personagens “Marias” trabalham: as Lojas Americanas. Tal ideia reforça o conceito histórico da década de 70 da vinda das grandes empresas ao Brasil. Percebe-se que é uma loja de departamentos que, por meio do nome Lojas Americanas, sugere a condição de um país de primeiro mundo no qual há progresso, desenvolvimento: Estados Unidos. Existe ainda um sentido de esperança. Muitos nordestinos buscam um sonho, um futuro melhor.
            A simbologia do manequim também é muito forte. O manequim é um objeto inanimado que representa uma pessoa, não sendo. Macabéa identifica-se com esse manequim porque ela também é um pré-ser, ou seja, ela é antes do humano – tem poucas expressões faciais e gestos mecânicos.
            As obras cinematográfica e literária são sociais porque apontam para a industrialização e desenvolvimento tecnicista. O gato come o rato do começo ao fim, representando a luta pela sobrevivência e de classes. Há, logo, mais uma vez a questão da promessa de emprego com carteira assinada. Existe uma demanda do êxodo urbano, porque os nordestinos vêm trabalhar nas grandes cidades, como é o caso de Macabéa e Olímpico.
            O desfecho do filme e do livro dá-se com a ida de Macabéa à cartomante. Se antes Macabéa era o pré-ser, as revelações que a cartomante faz a ela serão o momento epifânico em que Macabéa se percebe como um ser humano. Isso transparece principalmente na sua fisionomia – a personagem se solta, sua expressão facial é mais livre, Macabéa ri de gargalhar, como se fosse um soluço, isto é, incontrolável. Por meio da promessa de um futuro promissor ao lado de um homem loiro e estrangeiro que a ame, Macabéa se transporta para um cenário no qual ela consegue quase palpar essa felicidade que jamais ousou imaginar. Nesse momento, Macabéa caminha pelas ruas de forma suave e pela primeira vez ela anda de cabeça erguida. Se antes ela só fitava os manequins do lado de fora das vitrines, agora Macabéa não só entra na loja como compra um vestido. Veste ali mesmo e sai pelas ruas. Solta os cabelos como um cavalo selvagem e, em seguida, é atropelada por uma Mercedes-Benz. “A vida comendo a vida.” Atropelada como choque trágico entre a nordestina e a cidade.

A Hora da Estrela é simbolizada pela estrela que representa o logo da marca Mercedes-Benz. Mas também pode ser intuída como o momento em que Macabéa se descobre como um ser humano, retomando a vontade de ser uma estrela de cinema que aparece nas revistas. Pode-se perceber, além disso, que Clarice Lispector arremata o livro com a frase “Não esquecer que por enquanto é tempo de morangos”, ou seja, deve-se aproveitar o agora: filosofia do Carpe Diem.

MESTRE TAMODA - UANHENGA XITU

Conto "Mestre Tamoda" - Uanhenga Xitu
Literatura Africana (Angola)

Análise Literária: MESTRE TAMODA E A QUESTÃO DA IDENTIDADE NACIONAL

No conto “Mestre” Tamoda, do escritor angolano Uanhenga Xitu, percebe-se que o personagem Tamoda aprendeu a ler e escrever estudando com os filhos dos patrões e com os criados do vizinho do patrão. Tamoda decorava e copiava os vocábulos do dicionário, escolhendo aqueles que lhe soavam melhor.
No momento em que atingiu a fase adulta, Tamoda voltou para sua sanzala que o viu nascer, mostrando que existe um resgaste da sua identidade, ou seja, de suas origens. Com o intuito de tirar da ignorância seus irmãos, Tamoda parte para um discurso metalinguístico, fazendo um papel de griot das tradições orais. No entanto, seus ensinamentos provocavam nos discípulos um efeito contrário.

no lar e na rua os resmungos dos miúdos eram feitos em português do Tamoda, o que criava dissabores aos ‘estudantes’. Porque os pais e manos não compreendiam o significado da palavra interpretavam-na como asneira, o que se pagava com bons açoites.

Em se tratando da voz do personagem “Mestre” Tamoda, portanto, observam-se fortes traços da tradição oral. Tamoda utiliza uma linguagem de origem extremamente regional, apontando para as raízes do povo angolano. Tal característica acrescenta ao discurso de Tamoda uma voz histórica, já que o texto apresenta marcas que remetem o leitor à aceitação do contexto político angolano.
Convém levantar também que o conto apresenta frequentemente uma inversão de ideias, fazendo com os que personagens levem o significado lexical pelo lado pejorativo, como a palavra muchachala, por exemplo. O teórico da linguagem Mikhail Bakhtin acredita que o discurso grotesco (carnavalização) é uma espécie de liberação temporária da verdade dominante e do regime vigente. Observa-se ainda que as estruturas textuais do conto representam o uso alienado e alienante da língua oficial. Existe uma voz social, portanto, que aponta para uma crítica do português trazido pelos colonizadores de Angola.
Outra característica que reforça as tradições da África é o uso das onomatopeias. Xitu se apropria desse recurso estilístico para reproduzir sons e ritmos tipicamente africanos:

Tamoda, na cadência das vozes e do sapato a chiar, ia marcando o ritmo com a cabeça e os ombros, muito esticada e sorridente, e lungulava com um kingungu-a-xitu:
... iê-iê, iê-iê, iê-iê (o chiar do sapato) ... iê-iê, iê-iê...”, que era correspondido com a vozeria dos garotos: Lungula, Tamoda! Lungula, Tamoda! Lungula, Tamoda!
Às vezes, os garotos acompanhavam o chio dos sapatos com o estribilho de uá, uákala-uá! Uá,uá, uákala-uá ngazumbile kiá jakuké...

Percebe-se também que a fala da professora das crianças representa um discurso imperativo. Os educandos eram treinados para mandar e obedecer, dificultando, assim, uma libertação das amarras de submissão e da ignorância impostas pela sociedade autoritária. Tal ideia remete o leitor, por conseguinte, a uma voz crítica, política e social.

As crianças do conto reproduzem aleatoriamente tudo o que elas ouvem do mestre griot, Tamoda. Observa-se uma voz satírica que resulta muitas vezes em represálias, castigos físicos, que partem dos pais e, até mesmo, da professora. A maneira como a professora lida com as crianças é um traço histórico marcante de “Mestre” Tamoda. As atitudes dela direcionam o leitor, perfeitamente, para a relação entre colonizador e colonizado. O discurso da professora não respeita as diferenças regionais, que individualizam cada comunidade, o material regional que Tamoda procurava preservar para que seu povo não perdesse sua identidade cultural.

O HOMEM DUPLICADO - JOSÉ SARAMAGO

                           O HOMEM DUPLICADO – JOSÉ SARAMAGO

Editora: Companhia das Letras  

Páginas: 318

Em homenagem a semana em que José Saramago completaria 92 anos, pretendo falar um pouco sobre O Homem Duplicado. Romance escrito em 2002 pela editora Caminho, em Portugal e, depois pela editora Companhia das Letras, no Brasil.
Os romances de José Saramago são sempre muito bem ordenados, é claro, mas o cuidado do escritor com a narrativa de O Homem Duplicado é prodigioso. Não é demasiado falar que cada lexia usada no texto foi selecionada a dedo. Não existe nenhuma informação supérflua – e, se você acha que alguma parte é somente para encher mais páginas, provavelmente você não entendeu nada do que se trata a história. Saramago tem por assinatura a questão da ordem e do caos. Vimos isso em Ensaio sobre a Cegueira e Ensaio sobre a Lucidez, em que o imperativo é saber lidar com esses conflitos extremos até chegar à essência da verdadeira condição humana.
Em o Homem Duplicado, Saramago nos convida a refletir sobre a possibilidade de saber o que você faria se descobrisse que tem um sósia, alguém que é a sua cópia fiel, o mesmo semblante, o mesmo corpo, o mesmo tom de voz? Na sua cidade residem cinco milhões de habitantes, admirável seria não haver duas iguais, embora, esclareça-se desde logo, esta história nada tenha a ver com experiências de clones humanos criados no laboratório de um cientista maluco. O que fará Tertuliano Máximo Afonso, o sossegado professor de história que, numa noite tumultuosa, se vê reproduzindo, como em um espelho, no ator  de um filme? Seu interlocutor privilegiado (narrador), não à toa chamado Senso Comum, aconselha-o a não ir em busca da cópia de si mesmo. Mas nem todos primam pela sensatez, por isso o mundo está do jeito que está. Tertuliano vai em busca desse outro (eu) e sua vida começa a desabar.
A essa conclusão chegará o leitor que acompanhar o extraordinário caso de Tertuliano, o homem duplicado. Pois as singularidades são irredutíveis, e quando um rouba a individualidade do outro, ainda que simbolicamente, ambos perdem a identidade, sem a qual ninguém vive.  Um dos dois está sobrando. O que está em jogo é a perda da identidade numa sociedade que cultiva a individualidade e, paradoxalmente, constitui padrões estreitos de conduta e de aparência. Em 'O homem duplicado', José Saramago constrói uma ficção amparada numa questão extremamente inquietante - a perda do eu no mundo globalizado.

Eu sou fã desse autor, considero Saramago um dos maiores nomes da literatura contemporânea. Dentre as obras do escritor que eu mais gosto estão: A Caverna, As Intermitências da Morte e Memorial do Convento. Pretendo resenha-las em breve, aqui no canal.
Se você gosta dessa temática, a questão da ordem e do caos e a instigante oportunidade de refletir a respeito de questões simples, porém inusitadas, Saramago é o escritor ideal para você. Vale a pena conferir a sua obra. Quanto a adaptação fílmica de O Homem Duplicado nada posso dizer a respeito. Pretendo assistir o mais rápido possível e, se for o caso, posto as considerações aqui.
Um abraço e até mais J