Editora: Record
Páginas: 418
Gênero: Thriller policial, literatura norueguesa.
Sinopse:
Novembro; a primeira neve
do ano cai sobre a fria cidade de Oslo. O pequeno Jonas acorda no meio da noite
e percebe que sua mãe não está em casa. Ele caminha pelos corredores
silenciosos, até se deparar com pegadas molhadas na escada. No jardim, nota uma
figura solitária: um boneco de neve sob a luz da lua, com os olhos negros
voltados para a janela do quarto. Em torno do pescoço branco, um pano
cor-de-rosa, a echarpe que o menino deu à sua mãe no Natal.
No dia seguinte, a
polícia é acionada pelos vizinhos, e o inspetor Harry Hole é chamado. Embora
seja comum que desaparecidos retornem justificando o sumiço com um motivo
banal, ele suspeita haver alguma ligação entre o destino da mãe de Jonas e uma
carta que recebeu assinada pelo autointitulado “Boneco de Neve”. Enquanto
avançam nas investigações, o inspetor e sua equipe se veem diante de vários
casos similares não solucionados na última década: todas as vítimas são
mulheres casadas e com filhos, sempre na primeira neve do ano.
Quando outra mulher
desaparece e um macabro boneco de neve é encontrado próximo à floresta onde
fica a casa dela, Harry conclui que, pela primeira vez, confronta um serial
killer em seu próprio terreno. Porém esse é um assassino que cria suas próprias
regras, capaz de quebrar o padrão apenas para manter o jogo interessante,
enquanto atrai o inspetor para uma trama mortal.
Resenha:
A escrita de Jo Nesbø é
extremamente descritiva e repleta de personagens. Precisei anotar os nomes para
não me perder na trama. Há também uma sensação estranha de não conseguir fixar
os nomes por conta de ser uma literatura norueguesa, da qual não temos
familiaridade com os substantivos próprios. Talvez, a escolha do nome do
protagonista Harry tenha sido intuitiva, por parte do autor para essa dificuldade.
A narrativa em terceira pessoa insere o ponto de vista dos personagens,
contribuindo para uma visão panorâmica dos fatos.
Como uma leitora assídua de literatura policial,
posso afirmar que Jo Nesbø é similar a Thomas Harris, autor do livro O silêncio
dos Inocentes. Embora o autor não tenha um antogonista fixo, como o canibal
Hannibal Lecter, de Thomas Harris, o autor cria um cenário muito parecido nas
investigações, nas peripécias e principalmente no jogo psicológico entre o
investigador e o serial killer. O leitor segue algumas pistas, que se mostram
falsas, mas Jo Nesbø consegue desatar com maestria todos os nós da trama sem
deixar nenhuma ponta solta.
Não há só pistas falsas,
pelo contrário, segui minha intuição e acertei na mira do psicopata. Isso não
quer dizer que o livro seja óbvio, mas sim que o autor dá chance para que o
leitor faça parte da equipe de investigação e tire suas próprias conclusões.
Não é à toa que ele descreve em 3ª pessoa sob a perspectiva de vários
personagens.
O livro tem uma linguagem
ágil, percebe-se que o autor fez uma pesquisa minuciosa sobre comportamento
humano, genética e anomalias. Além de ter um minicurso sobre bandas de rock dos
anos 70 e 80. Que vai de Neil Young a Ramones. Excelente!
Eu preferi deixar só a
sinopse da orelha do livro e falar um pouco das minhas impressões. O livro é
muito complexo, rico em detalhes, cheio de pistas, intrigante e envolvente. Se me aprofundasse nas situações que ocorrem na narrativa, acabaria por dar SPOILERS. Impossível largar o livro. Comecei a ler e fui até o fim. Mesmo contendo 420 páginas. Foi rapidinho.
Esse foi o primeiro livro
que eu li desse autor. No entanto, o
personagem Harry Hole, faz parte de uma série de livros de Jo Nesbo com essa
temática. Faz parte de uma série.
Para aqueles que leram ou
assistiram O silêncio dos Inocentes, O
colecionador de Ossos e acharam relevante, Boneco de Neve está no mesmo patamar
literário. Corre pra ler que você vai gostar.
Dez estrelinhas para
Boneco de Neve. Abraço e até mais J
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