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A HORA DA ESTRELA
Olá, pessoal! Hoje eu vou contar um pouquinho sobre esse
grande livro, que é um dos livros mais famosos da Clarice Lispector.
Eu me lembro de ter lido esse livro no ensino médio e
posteriormente tive que fazer uma análise mais aprofundada na faculdade de
Letras.
Esse livro foi o último livro escrito pela Clarice e logo
depois de ter sido publicado ela veio a falecer.
Bom, A Hora da Estrela vai contar sobre a vida de Macabéa.
Uma nordestina que vem para o Rio de Janeiro e começa a trabalhar como
datilógrafa. No começo do livro percebemos que ela é uma péssima datilógrafa
tanto que seu chefe está pensando seriamente em demiti-la.
Macabéa faz parte de um longo processo de emergência da
figura do nordestino. Vive em um mundo árido – carência verbal, datilógrafa mal
letrada: “A demitida que ainda está”. Se ela lesse o livro de Dostoiévski “Humilhados
e Ofendidos”, certamente encontraria ali a sua classe. Ela tem uma vida
miserável, sem perspectiva, morando em um lugar ruim.
Humilhada e ofendida sim, mas por quê? Macabéa é uma grande
pergunta.
A história é narrada por um narrador afetado. Aquele talvez
que seja o personagem principal da história porque ele vai falar dele também. “Alguém
que é possível de um relance adivinhar uma pessoa que não sabe, sabendo”. Na
história esse narrador que se diz apaixonado por Macabéa tem o nome de Rodrigo
S. M. No começo da narrativa podemos sentir um certo desprezo que esse narrador
tem por Macabéa. De certa forma, o leitor passa a sentir esse desprezo também.
Macabéa namora um nordestino chamado Olímpio de Jesus (muda
o sobrenome porque Jesus no nordeste é o sem pai), metalúrgico aspirante a
açougueiro. Ele quer ser outro mais importante. Macabéa é o seu oposto, não
sabe que é um sujeito: “Eu não me sinto muito gente”, é como ela se sente. Há
um paralelo entre a Barata e Macabéa. A barata a qual me refiro é um outro
personagem de Clarice Lispector no livro A Paixão Segundo G.H. Existe um
paralelo entre elas. É como se a barata fosse uma metonímia desse outro que é a
Macabéa. (Compliquei demais?) Enfim... não é um livro agradável de ser lido.
Ele vai contar sobre a vida de Macabéa de um jeito muito cru, mas ao mesmo tempo
muito realista. Ele não vai deixar nada de fora, ele vai expor para a gente a
intimidade dessa personagem sem dó nem piedade. Ele vai contar sobre o namoro
dessa personagem com Olímpio que não é um cara muito bacana e o ponto alto
dessa história que é quando a Macabéa vai visitar uma cartomante. Não posso
dizer mais nada.
A Hora da Estrela é um livro super curtinho, dá para ler em
uma sentada. Tem menos de 100 páginas.
O livro termina com aquela frase bem famosa: “Não esquecer
que por enquanto é tempo de morangos”. Não vou dar a minha interpretação dessa
frase. Pergunta de vestibular!!!! Leiam o livro, tirem suas impressões.
Espero ter ajudado um pouquinho com essa ideia de A Hora da
Estrela. Fico por aqui. Um abraço e até breve.
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