Homem lento é um livro doloroso demais. Uma dor seca, sem melancolia, sem sentimentalismos. Só a ferroada. A dor do quase inimaginável se tornando imagem a cada página. É uma experiência árdua a que Coetzee nos propõe neste livro, que pode ser lido como um cálculo de perdas, de possibilidades perdidas, o capítulo das "negativas" de Brás Cubas transcrito em 275 páginas sem nenhuma expectativa de redenção. Só sobriedade e silêncio. Muito silêncio.
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