CANAL LITERÁRIO

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sábado, 23 de agosto de 2014

TOP 10: TRUMAN CAPOTE

       Resenha “A Sangue Frio” – Truman Capote

                                                                                                           Jornalismo Literário
                                                                                                           Editora: Companhia das Letras
                                                                                                           Páginas: 440

     Oi pessoal, hoje eu vou falar um pouquinho deste livro que foi escrito em 1963 e inaugura o jornalismo literário, isto é, o romance não ficcional.
     Truman Capote foi um grande jornalista, nascido em Nova Orleans em 1924, falecido na Califórnia em 1984. Escreveu dez livros, dentre os quais estão “Bonequinha de luxo”, “A Sangue Frio” e “Vinte Contos de Truman Capote”.
     Posteriormente ao ser lançado, Bonequinha de luxo foi adaptado para os cinemas com a grande musa Audrey Hepburn (Todo mundo se lembra daquele figurino magnífico da Audrey com aquela cigarrete).
    O que Truman pretendia com “A Sangue Frio” era relatar os fatos de um assassinato que matou quatro membros da família Clutter. Passou seis anos de sua vida apurando os relatos de vizinhos, policiais e parentes da família e dos assassinos. O assassinato da família Clutter ocorreu numa cidadezinha do Kansas, em novembro de 1959 e teve uma grande repercussão devido a brutalidade em que a família foi assassinada.
    Com uma narrativa prodigiosa, Truman vai revelando como se deu toda essa tragédia de forma que em certos momentos, ele humaniza esses assassinos. Devido ao convívio íntimo que Capote teve com os assassinos, em especial com Perry Smith, com quem dizem que manteve relações íntimas homossexuais, o leitor se vê diante de fatos que nem sempre podem estar sendo narrados com a imparcialidade que deveriam.
   Na narração, o enfoque principal não é “Quem matou”, e sim “como” e “por que”. Como diz um trecho da orelha do próprio livro, “'A sangue frio” escancarou o lado sombrio do sonho americano do pós-guerra. As saídas são poucas, tanto para os assassinos, criados em um ambiente pobre e fraturado, como para a família, abastada e exemplar, cujo ideal de realização parece não ir muito além de assar tortas de cereja para a feira do condado.” É uma obra prima, independendo da sua veracidade ou polêmica.
   Bom, fica registrado então mais uma sugestão de leitura. Acrescento que este livro está entre os melhores livros que eu já li. Vale a pena conferir. Lembrando que você pode dar a sua impressão nos comentários ou sugerir outros livros. Participe!
Um abraço e até breve!




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